terça-feira, 23 de junho de 2009

Mata entra no Conselho Gestor de APA do Sistema Cantareira

No dia 9 de junho, a Associação Mata Ciliar integrou oficialmente o Conselho Gestor das APAs Piracicaba/Juqueri-Mirim, Sistema Cantareira e Bairro da Usina. A cerimônia de posse do conselho gestor foi realizada na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, e contou com a presença de autoridades como o Secretário Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano.

Vale ressaltar que o Cantareira é um dos maiores sistemas produtores de água do mundo. Produz cerca de 33.000 litros/segundo e abastece aproximadamente 9 milhões de pessoas da grande São Paulo e 5 milhões na região metropolitana de Campinas e bacias dos Rios Piracicaba e Jundiaí.

domingo, 14 de junho de 2009

Fotos dos eventos da Semana do Dia Mundial do Meio Ambiente 2009

A Associação Mata Ciliar participou de três eventos na semana de 1 a 7 de junho, em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). A ONG esteve num evento no Mercadão de São Paulo, distribuiu mais de 300 mudas de árvores nativas no shopping Paineiras, em Jundiaí, e também esteve presente na exposição ambiental do Parque da Uva, também em Jundiaí.
Veja abaixo algumas fotos dos eventos:
Parque da Uva




Filhotes da Mata

Mais dois filhotes chegaram no Centro de Reabilitação da Mata Ciliar em Jundiaí nas últimas semanas: Abu e Maya.

Abu é um filhote de macaco bugio (Allouata guariba) e chegou com a mãe no dia 30 de maio. A mãe foi atacada por um cachorro e infelizmente não resistiu aos ferimentos. Por isso Abu está sob os cuidados das veterinárias do CRAS 24 horas por dia. No futuro a idéia é tentar introduzi-lo no grupo de bugios que já vive no CRAS.

Maya chegou dia 6 de junho e é uma fêmea filhote de gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus). Foi encontrada sozinha em um condomínio residencial na cidade de Santana do Parnaíba e foi levada para o CRAS. Maya está muito saudável e está fazendo companhia a Marley, outro filhote de gato-do-mato-pequeno que chegou ao CRAS em abril.
Veja aqui sua história. Os dois se adoram e estão muito bem juntos!

Veja abaixo fotos dos mais novos filhotes da Mata:

Abu


Maya



Marley



Intercâmbio Associação Mata Ciliar e USP


Curso para alunos de medicina veterinária ensina técnicas de reprodução de jaguatiricas

Dentro de um intercâmbio que já acontece entre a Associação Mata Ciliar e a USP há oito anos, no dia 27 de maio foi realizado mais um curso na ONG, em Jundiaí, para alunos de medicina veterinária. O tema deste curso foi reprodução de animais silvestres, com foco para o trabalho desenvolvido pelo Centro de Felinos Brasileiros com a reprodução da jaguatiricas.

Neste curso os alunos participaram de atividades práticas e também tiveram uma palestra da cientista norte-americana Helen Bateman, que trabalha no zoológico de Cincinatti e esteva pela segunda vez no Brasil. O zoológico é uma das entidades parceiras no trabalho de reprodução por transferência de embrião de jaguatiricas, desenvolvido pioneiramente pela Mata Ciliar na América Latina. "A troca de informações é grande e isso é muito importante", disse Helen ao final do curso.

Veja abaixo algumas fotos do curso:




Trabalho do CRAS na Revista da Folha (24/05/2009)

http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf2405200912.htm

COMO É A VOLTA À NATUREZA DE ANIMAIS SILVESTRES QUE SÃO REABILITADOS EM PROJETOS DE PROTEÇÃO

Depois de ter a cauda tratada, o bugio voltou à natureza

Enfim, livres

por Leticia de Castro

Com apenas três meses, o pequeno bugio -um macaquinho de pelo castanho- adorava circular com seu bando pelo sítio de Josiane Pereira, no interior de Jundiaí. Um dia, apareceu sozinho, com a cauda toda machucada, provavelmente mordida por cães. Preocupada com o estado do animal, Josiane o encaminhou para uma ONG da região, que resgata e cuida de bichos feridos para depois devolvê-los à natureza.

Por duas semanas, o bugio recebeu tratamento veterinário. Tomava antibióticos e tinha os curativos na cauda trocados regularmente. Quando se recuperou, foi levado, em uma gaiola, pela bióloga Andrea Sesso, responsável pelo tratamento, e por Josiane ao mesmo local onde havia sido encontrado.

Por cerca de três horas, as duas caminharam pela mata em busca da família do bichinho. Assim que reconheceu seus companheiros, o macaco começou uma espécie de sinfonia na mata. Emitiu sons muito fortes, e o grupo respondeu no mesmo tom. "Ficamos cerca de 40 minutos observando a comunicação até soltar o macaquinho de volta à natureza", diz Andrea.

Histórias como essa são comuns na Associação Mata Ciliar, ONG responsável pelo tratamento e pela soltura do pequeno bugio, que recebe uma média de três animais por dia.

Segundo a veterinária Karen Bueno, a maioria é vítima da degradação ambiental ou do tráfico. "Há, por exemplo, casos de queimadas, em que os bichos fogem da mata e acabam atropelados."
A volta ao habitat natural, no entanto, nem sempre é um processo rápido como foi o do bugio. Além de recuperar a saúde, os bichos precisam se habituar novamente a disputar comida, a caçar e até reaprender funções básicas, como voar.

Na capital, esse trabalho é feito desde 1991 pela divisão de fauna do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

De acordo com a diretora, Vilma Geraldi, a maioria dos bichos (quase 60%) encaminhados ao órgão são aves. "Nem sempre sabemos como eles foram feridos. Há os que são vítimas de tráfico, os que foram eletrocutados em postes e até os que tiveram as asas cortadas por fios de pipa", relata.

Em média, 51% dos animais são devolvidos à natureza. Do restante, parte não sobrevive ao tratamento. Outros, que ficam com lesões permanentes, são encaminhados para criadouros ou zoológicos.

Na S.O.S. Fauna, ONG que atua na região de Juquitiba, o processo de soltura leva pelo menos um mês. Primeiro, o animal fica em uma gaiola no local onde será libertado, para se acostumar com o novo ambiente. Após cerca de 30 dias sendo monitorado por veterinários, o bicho é solto. "Num primeiro momento, é preciso disponibilizar no ambiente a mesma alimentação a que o animal estava acostumado em cativeiro", alerta Marcelo Pavlenco, presidente da organização.
No caso de animais domésticos, como o de um pitbull que sofreu maus-tratos, as denúncias devem ser encaminhadas a instituições como a União Internacional Protetora dos Animais (http://www.uipasp.org.br/).

pitbull ferido
Quando foi encontrado, em uma favela na zona norte, Maximus nem parecia um exemplar de sua temida raça. Com as patas machucadas, o filhote de pitbull não conseguia se movimentar e se assustava ao menor sinal de contato humano.

Resgatado por um morador, o cão foi encaminhado à União Internacional Protetora dos Animais (Uipa). "Ele estava tão machucado que ninguém se dispunha a ajudar", conta Cristina Prismich, voluntária na organização. "Diziam que o tratamento ficaria caro, porque ele tinha um problema congênito." Depois de rodar várias clínicas, ela encontrou alguém disposto a tratá-lo: a veterinária de seus próprios pets, Esmeralda Liberti.

Maximus foi submetido a exames que descartaram problema congênito. Foi vítima de maus-tratos. "É provável que tenha sido atirado contra uma parede", diz Cristina. Adotado por Esmeralda, o cão ainda está tomando antibióticos e outros medicamentos. Após um mês, apresenta reflexos nas pernas e no rabinho e já brinca com outros filhotes. "Pode ser que volte a andar, mas o processo será longo. Talvez leve até um ano", diz Esmeralda.

como funciona a reabilitação
>> A partir de denúncias, os animais são resgatados pelas polícias Civil e Ambiental, pelo Ibama ou pelo Corpo de Bombeiros
>> Eles são encaminhados para ONGs ou órgãos públicos de reabilitação, onde são examinados e tratados por veterinários
>> Os bichos que se recuperam são devolvidos a seus habitats naturais
>> Todo animal solto recebe uma anilha com o contato da instituição responsável pela soltura, para o caso de uma recaptura; com isso, é possível estudar o fluxo migratório dos bichos
>> Aqueles que apresentam sequelas e não têm condições de retornar à natureza são encaminhados a zoológicos

Fontes: Vilma Giraldi, do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes); Cristina Adania Harumi (Associação Mata Ciliar); Marcelo Pavlenco (S.O.S. Fauna) e Gustavo Dutra (Aquário de Santos)

COMO AJUDAR

Se encontrar um animal silvestre machucado, entre em contato com a Polícia Ambiental para o resgate (tel. 0800-555190) ou com o Ibama (tel. 0800-61-8080)

ONDE SABER MAIS

www.ibama.gov.br/patrimonio

www.prodam.sp.gov.br/svma/parques/medicina.htm

http://www.sosfauna.org/

http://www.mataciliar.org.br/

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Fotos de trabalhos com escola de Bragança Paulista

Nos dias 25 e 29 de maio, o projeto “De Olho nos Rios” realizou palestras na escola ISE (Colégio Dom José Lafayette Ferreira Álvares), em Bragança Paulista. Os temas abordados foram a biodiversidade da Mata Atlântica e seus diferentes impactos sofridos pela ação do homem e o trabalho da Associação Mata Ciliar em suas diversas frentes. Também foi realizada a montagem de uma horta orgânica na escola com a participação dos alunos. Veja abaixo as fotos:








O projeto "De Olho nos Rios" é desenvolvido pela Associação Mata Ciliar desde 1997 e visa contribuir para a conservação e proteção dos mananciais de abastecimento formadores das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Para tal, promove ações de gestão integrada desses recursos hídricos junto à população rural de 19 municípios da região. Todas as ações previstas no projeto têm como objetivo o resgate cultural, a independência e geração de consciência crítica do público envolvido e a geração de emprego e renda através da implantação de alternativas econômicas junto à população rural. O projeto tem apoio da CATI regional de Bragança Paulista e patrocínio da Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental.