Como a época de reprodução das maritacas ocorre principalmente no final do ano, agora é um período no qual os filhotes começam a sair do ninho.
O grande problema é que alguns não conseguem pois os ninhos são, geralmente, feitos de lixo, afirma a bióloga Marília Giorgete. Normalmente feitos com linhas, fitas adesivas, pedaços de plásticos e tudo mais o que encontram no meio urbano, as maritacas põem seus ovos nesses ninhos e, quando o filhote nasce, fica com suas pernas presas e/ou grudadas.
Muitas vezes, segundo a bióloga, os pais acabam abandonando os filhotes que não saem do ninho, por isso muitos são encontrados em forros de casas, presos e sozinhos, o que traz sérias consequências. “Por estarem com os membros presos ao lixo, os filhotes não conseguem sair. Quando são trazidos à Mata estão muito debilitados, até mesmo por falta de comida, e precisam passar por cirurgia para retirada do membro”, lamenta Marília.
No mês de março, dez maritacas chegaram à Mata Ciliar. Muitas delas enroladas em lixo nos forros de casas ou com as pernas tortas ou quebradas. Cinco não resistiram. Marília aponta a principal causa. “As pessoas estão diminuindo o habitat natural das maritacas e, por causa disso, elas têm que se adaptar a cidade”, lembra, ressaltando que essa suposta adaptação é prejudicial à espécie e, consequentemente, à natureza, uma vez que essas aves são dispersoras de sementes e importantes para o equilíbrio ambiental.
Coitas, a perninhas delas volta ao normal??abraco!
ResponderExcluirOlá, Vinícius.
ResponderExcluirInfelizmente nem todas as maritacas tem suas pernas recuperadas. Algumas já chegam completamente debilitadas ao Cras e precisam ter seus membros amputados.
Outras, que ainda tem chance de reabilitação, passam por tratamento veterinário para recuperação do membro com possbilidade de voltar à natureza.
Abraços,
Equipe Mata Ciliar