segunda-feira, 8 de março de 2010

Aniversário da Serra do Japi

Presente em rimas de poemas, a Serra do Japi, que pode ser vista de vários cantos e em diversas formas, completa nesta terça-feira (08), 28 anos de tombamento. A Associação Mata Ciliar comemora essa conquista e homenageia o cartão-postal verde de Jundiaí.

Tombada em 1983 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT, da Secretaria de Estado da Cultura, pelas condições geológicas relacionadas a solos pobres e frágeis, vegetação natural adaptada a solos de baixa fertilidade natural, aguadas límpidas em forma de "castelo d'água", formadas por baixo volume d'água.

Abaixo, segue alguns depoimentos de quem ajuda a preservar e entende a Serra do Japi como algo importante para as cidades em que ela está inserida e para o mundo.



“No meu trabalho como biólogo da Mata Ciliar, devolvo esses animais para o lugar que eles realmente precisam estar, neste caso, a Serra do Japi, para que continuem o ciclo e mantenham a saúde do meio ambiente.

A importância da Serra é muito grande, já que faz parte do pequeno cinturão verde de Mata Atlântica que ainda existe no Brasil, este que é o bioma mais ameaçado, porém é o mais rico – muitas espécies vivem nele e a preservação é extremamente importante”.


Jairo Pereira é biólogo e trabalha há dois anos na Mata Ciliar.


“Desenvolvo pesquisas relacionadas ao monitoramento e inventário de fauna na Serra do Japi – quais espécies de determinado grupo, no caso dos mamíferos, existem no local. Quando você tem o conhecimento da fauna e flora, pode fazer diretrizes para o manejo daquela área e saber se existe ou não espécie ameaçada de extinção, por exemplo.

A Serra do Japi está entre dois grandes centros – São Paulo e Campinas, hoje é relativamente preservada se comparado ao passado quando foi desmatada para o uso de carvão para a ferrovia. Além disso, como é formadora das bacias de alguns rios que vão desaguar nos rios Piracicaba e Tietê, leva um grande fluxo de água limpa para eles”.

William Douglas Carvalho é zootecnista e há dois anos desenvolve trabalhos na área de ecologia e conservação da mastofauna na Serra do Japi.

“A Serra do Japi foi tombada por ser remanescente de Mata Atlântica, pela prestação de serviços ambientais com a biodiversidade, e por ser área de manancial e contribuir para o seqüestro de carbono.

Outros fatores, já percebidos por publicitários, é a associação da Serra para a venda de cosméticos e de apartamentos. A imagem, que todos já notaram, está ligada à qualidade de vida, de ar, da água, o que encarece o 'produto'”.


Cláudia Eiko é doutora em zoologia com tema desenvolvido sobre a ecologia de riachos da Serra do Japi.

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