sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Vencendo com Vitória

A Mata Ciliar firmou parceria com o escritório de contabilidade J R Busanelli que adotou a onça-parda (Puma concolor) Vitória, na última quarta-feira (23). A adoção foi concretizada na própria empresa e contou com a presença dos coordenadores de fauna e comunicação da Associação e dos sócios da empresa, Luis Busanelli e Adriano Moraes.

Com todos os funcionários presentes na palestra de apresentação, o coordenador de comunicação da Associação, Samuel Nunes, e a coordenadora de fauna, Dra. Cristina Harumi Adania, explicaram os programas e projetos, dificuldades e a história da Mata Ciliar.

Para Luis Busanelli, um dos sócios da empresa, essa é a possibilidade de ajudar a natureza e de semear o conhecimento entre os funcionários. “Desde o começo, quando sugeri para ajudarmos a Mata Ciliar, que já conhecia por meio de matérias divulgadas na imprensa, sempre houve aceitação e participação ativa dos funcionários”, conta entusiasmado.

Na apresentação, onde também houve entrega de mudas aos funcionários, todos mostraram interesse e boa vontade em ajudar, inclusive visitando a Mata Ciliar. “Já tinha ouvido falar muito na Mata, mas não sabia que era possível fazer visitas. Adorei a iniciativa da empresa e não vejo a hora de conhecer os animais de perto”, disse Patrícia Maltoni, coordenadora do departamento fiscal.

A eleita
A fêmea de onça-parda, Vitória, que chegou há aproximadamente seis meses na Mata Ciliar, com um histórico de maus-tratos, foi escolhida por votação unânime dos funcionários que terão a oportunidade de conhecê-la pessoalmente. “A partir de agora podemos dizer que estamos participando ativamente e ajudando ainda mais o Meio Ambiente”, finaliza Busanelli.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mesmo em risco de extinção, escola de samba não quer poupar onça e jaguatirica

Após a confirmação de que a escola de samba Tom Maior, de São Paulo, pretende levar uma suçuarana (Puma concolor) e uma jaguatirica (Leopardus pardalis), animais ameaçados de extinção, ao Sambódromo, a Associação Mata Ciliar mostra sua indignação e contrariedade ao ato de irresponsabilidade e de deseducar toda a sociedade expectadora do evento.
A indignação parte da idéia de que animais silvestres ficam extremamente estressados quando estão fora de seu habitat natural, sobretudo quando há muito barulho, muitas pessoas e movimentação estranha ao animal que vive sozinho na natureza e tem seus sentidos muito aguçados para sua sobrevivência em meio às matas.

Em caso de estresse alto, como acontece caso esses animais sejam levados a um desfile de carnaval, as conseqüências podem ser graves. “A Mata Ciliar é totalmente contra, pois esses animais tem percepção aguçada e vão ficar estressados, podendo até chegar a óbito durante o desfile”, garante a coordenadora de fauna da associação, Cristina Harumi Adania.

O ato de irresponsabilidade, assim como o tráfico de animais silvestres, caracteriza crime ambiental, uma vez que os felinos são animais predadores, topo da cadeia alimentar e são importantes para a conservação e preservação da qualidade do Meio Ambiente, defende Cristina.
Atualmente ocorrem dez espécies de felinos no Brasil: onça-pintada (Panthera onca), onça-parda ou suçuarana (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-maracajá (Leopardus wiedii), mourisco (Puma yagouaroundi), gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) e três espécies do gato-palheiro (Leopardus colocolo, Leopardus pajeros e Leopardus braccatus). Todos eles estão ameaçados.

A extinção ou a retirada desses animais de seu habitat natural desencadeia, entre outras coisas, o desequilíbrio do ambiente, tão prejudiciais aos animais quanto aos homens e seus foliões desavisados.



Suçuarana (Puma concolor): importante para a conservação do Meio Ambiente, onça corre risco de extinção


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Filhote de gato-do-mato completa um mês na Mata

Pequeno, assustado e brincalhão. É assim que está o novo morador da Mata Ciliar, um filhote de gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), que nasceu no mês de janeiro na própria associação. Sob os cuidados da mãe, apelidada de ‘Lou’, o filhote já abriu os olhos e começou a dar os primeiros passos.

Segundo o biólogo Jairo Pereira que monitora o desenvolvimento dos animais na Mata, o gato-do-mato brinca muito com a mãe que sempre o protege quando ouve algum barulho ou quando os tratadores chegam próximo ao recinto.

Os gatos-do-mato são os menores felinos silvestres que ocorrem no Brasil, tem hábitos solitários e, por isso, o pai foi separado do filhote, seguindo os meios naturais da sobrevivência. No entanto, antes de sabermos do nascimento, o tratador Marcos disse que o pai Miri ultimamente andava extremamente bravo e não o deixava entrar no recinto como habitualmente fazia para limpá-lo. Agora sabemos o porquê deste comportamento mais agressivo... Será que se Miri permanecesse no recinto iria continuar a defender o filhote com a mãe? Até quando? De qualquer maneira, a nossa decisão foi “melhor não arriscar...”

História de família
Lou e Miri tem aproximadamente três anos e chegaram à Mata quando tinham alguns meses de vida. Encontrados próximo às matas em Piedade, Miri foi trazido pela Polícia Ambiental em setembro de 2007; Lou foi encontrada em Louveira, em abril de 2009. O casal foi trazido à Associação, pois não tinha condições de sobreviver na natureza.

Apesar da comemoração do nascimento deste gato-do-mato-pequeno, todas as espécies de felinos silvestres que ocorrem no Brasil estão ameaçadas de extinção, sobretudo, por perda de seu habitat natural.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vítimas do tráfico, papagaios agora se tornam peças de exposição

Tripoli solicita retirada imediata de animais em exposição

Papagaios estão em condições impróprias no Museu Nacional da República


Postado por Tripoli em janeiro 20th, 2011 em seu blog: http://www.ricardotripoli.com.br/?p=620

Brasília (20 de janeiro de 2011) – Após receber inúmeras denúncias de Organizações Não Governamentais de Proteção Animal, o vice-líder do PSDB na Câmara,
deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) solicitou nesta quinta-feira a retirada imediata de um casal de papagaios expostos no Museu Nacional da República, em Brasília. As aves compõem uma ala da exposição em homenagem ao artista carioca Hélio Oiticica, denominada “Museu é o Mundo”. Os animais estão numa espécie de viveiro artificial cercado (foto), em condições ambientais impróprias, iluminação inadequada, ambiente escuro, ar condicionado intenso e barulho excessivo.

ESTRESSE DESNECESSÁRIO
Em ofício enviado ao Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Américo Ribeiro, e ao Superintendente do órgão no Distrito Federal, Luiz Nunes, Tripoli argumenta que as aves estão expostas a estímulos permanentes, o que causa um “nítido estresse”. Segundo o parlamentar paulista, tal situação provoca sofrimento aos papagaios, que estão em ambiente hostil e com grande circulação de pessoas.

No documento, Tripoli ressaltou que a exposição foi proibida pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em outubro do ano passado. O parlamentar também argumentou que a Constituição Federal impõe proteção à fauna e à flora, proibindo qualquer prática que coloque em risco ou submetam os animais à crueldade.
Fonte: Assessoria do deputado / Foto: Divulgação
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A Mata Ciliar acredita que a conscientização ambiental, vinculada com a atitude positiva dos formadores de opinião, é a principal forma de combater a ignorância e colaborar para que animais não sejam obras de arte que possam ser vistas, vendidas e adquiridas por “colecionadores” que impulsionam cada vez mais o tráfico de animais silvestres. Por isso insere em todos seus projetos de fauna e flora ações de educação ambiental como ferramenta de grande importância para estimular e multiplicar atitudes ambientalmente corretas.

Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva): vítima de tráfico, ave não pode mais voltar à vida livre

Atualmente, a Mata Ciliar cuida de 26 papagaios que chegaram à instituição por maus-tratos ou pelo porte e/ou comércio ilegal de animais silvestres e não podem voltar à natureza.